Resenha - A Menina que não Sabia Ler


A Menina Que Não Sabia Ler

Autor: John Harding
Editora: Leya Brasil
Classificação: Literatura estrangeira - Romance
Número de páginas: 288

Florence, uma menina de 12 anos, vive com o irmão, Giles, em uma mansão isolada. Sendo cuidada apenas por empregados, já que seu negligente tio e tutor se limita a mandar o dinheiro para as despesas. Tem uma vida monótona até que, brincando de se esconder de seu irmão, encontra a biblioteca. Sorrateiramente, ela passa a visitar todas as noites esse lugar de acesso proibido e aprende sozinha a ler.

“O que eu mais gostava em Shakespeare era a facilidade com que lidava com as palavras. Parecia que se não houvesse palavra para o que queria dizer ele simplesmente a inventava. Ele poetava o idioma. Por inventar palavras, ele bate qualquer outro autor. Quando crescer e tornar- me escritora, e sei que me tornarei, pretendo shakesperear algumas palavras. E já estou praticando.”

Quando uma nova mentora chega à mansão os sonhos e mistérios ocultos de Florence vêm à tona, desencadeando acontecimentos estranhos.


  O livro, escrito por John Harding, tanto pode encantar como decepcionar. Como citado na própria capa segue a linha de contos de Poe. Então, para quem conhece um pouco de sua literatura sabe o que esperar. Já quem espera um romance leve onde tudo se encaixa e se resolve, pode se decepcionar com o final do livro. Quem é do tipo que gosta de todo pormenor esclarecido no final, sentirá certo desconforto. Sou do tipo que continua imaginando a história depois de fechar o livro. Também pode não gostar dos acontecimentos deprimentes que tomam conta da história mais adiante. Me encantei com a narrativa em primeira pessoa, pelo ponto de vista da própria Florence. Suas audaciosas escapulidas para a biblioteca e seu amor pelos livros e sua imaginação, fez com que me prendesse desde o primeiro instante. O livro segue uma narrativa leve que vai esquentando no decorrer da história e a partir da chegada da nova mentora toma um ritmo mais frenético. A imaginação de Florence confunde-se com a realidade tornando os pontos mórbidos do livro ainda mais misteriosos. 

Ana

1 comentários:

eu, você e todos... disse...

Já li este livro. É intrigante e interessante. Gostei.

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