Resenha - A Última Carta de Amor

Título: A Última Carta de AmorAutora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 378
Ano: 2012

Sinopse: Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. Novamente em casa, com o marido, ela tenta sem sucesso recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante. Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido — em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado —, Ellie começa a procurar por “B”, e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas de seu próprio relacionamento. Com personagens realísticos complexos e uma trama bem-elaborada, A última carta de amor entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer. Um livro comovente e irremediavelmente romântico.



            Começamos o livro em 2003 conhecendo Ellie Haworth, uma jornalista independente, que tem um caso extraconjugal com John, por quem é completamente apaixonada. John, por sua vez, não mostra ter nenhuma intenção de deixar sua esposa. Ellie está em um momento difícil no trabalho, onde precisa se auto afirmar e mostrar a sua chefe Melissa que é uma ótima jornalista. Em busca de uma história sensacional e inédita, encontra nos arquivos do jornal Nation onde trabalha, uma pasta com alguns documentos e algumas cartas de amor. É através destas cartas que conhecemos os personagens principais da história: Jennifer Stirling, a quem as cartas são endereçadas e seu remetente, intitulado a princípio somente como “B”.

            1960. Jennifer acorda em uma cama de hospital após sofrer um acidente de carro, e não tem noção do que lhe aconteceu. Um homem ao seu lado, Laurence, se diz seu marido, mas ela não se lembra de nada. Recuperada dos ferimentos físicos, Jenny volta para sua casa e para sua vida, mas sente um vazio, lhe falta alguma coisa. É nesse momento, em que ela tenta se readaptar a sua vida, as suas amizades e a seu casamento, que ela encontra escondidas algumas cartas de amor endereçadas a ela, e conclui que vivia um caso fora do casamento, e que estava prestes a deixar tudo pelo seu grande e verdadeiro amor.

 
"Você e eu não poderíamos deixar de nos amar, assim como a Terra não pode parar de girar em torno do Sol".
  

            Este é o primeiro livro que leio de Jojo Moyes, e ele me ganhou pela linda capa, de muito bom gosto. Conhecemos duas histórias, a da contemporânea jornalista Ellie e da dona de casa dos anos 60 Jennifer. As histórias se passam em duas épocas muito diferentes, e é aí que está o encanto do livro. As histórias são narradas em terceira pessoa e não são contadas de forma linear, e isso pode incomodar alguns leitores. Mas pra mim foi de fácil entendimento, em virtude do texto leve e agradável de Jojo.

            O livro é basicamente sobre o amor em sua essência, mas com o viés da infidelidade, já que Ellie tem um relacionamento com um homem casado e Jennifer, é casada e tem um romance fora do casamento. Pelo fato de as histórias se passarem em épocas diferentes, vemos como as reações à infidelidade são distintas.

            Os personagens são muito ricos, e nos apaixonamos junto com eles. O amor de Jennifer, apesar de considerado “impróprio”, é lindo e nos leva a torcer por um final feliz. E o que nos faz sentir isso são as cartas trocadas pelos amantes. Num mundo em que nos correspondemos por minúsculos torpedos trocados pelo celular, ou por recados de 140 caracteres, ler essas cartas de amor é algo sublime. Ao início de cada capítulo, há um trecho de uma carta, ou outro tipo de correspondência como e-mail ou mensagem de texto. Não vou estragar a surpresa, mas vale a pena ler com atenção esses trechos. Quando cheguei ao final e descobri o que eram, voltei para relê-los.

            O livro é encantador, um romance bonito de se ler. A escrita é leve e nos leva para um tempo em que por amor tudo era justificável ou condenável. Conhecemos o valor da palavra escrita, que vem desaparecendo nos últimos tempos. Uma pena, porque não há sensação melhor do que receber uma carta, e se for de amor, melhor ainda!

            A Última Carta de Amor, de Jojo Moyes nos ensina o poder das palavras e o valor de um grande e sincero amor. Recomendo!


            “- Vicariamente” – disse ela devagar. – Vai ter que me dizer o que significa isso, Anthony.
            A forma como ela disse o nome dele induzia a uma espécie de intimidade. Prometia algo, uma repetição em alguma outra hora.
            - Significa... – Anthony ficara com a boca seca – significa um prazer obtido através do prazer de outra pessoa.”

Michelle




1 comentários:

Tainah Rodrigues disse...

*--* Que fofo que ele parece só pela resenha! Vontade de ler um livro assim, acho que vou considerar esse mesmo! Amei!

Beijos :*
www.tainahrodrigues.com
fantasiandocomoslivros.blogspot.com.br

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